A Câmara Municipal aprovou, na sessão desta terça-feira (2), o Requerimento nº 306/2025, de autoria do presidente da Casa, Edgar Celestino, e do vereador João Paulo Teixeira, que solicita ao Executivo informações sobre o desvio de munições da Polícia Municipal. O caso ganhou repercussão após a Polícia Civil encontrar mais de 3,8 mil munições na casa do ex-prefeito Felipe Augusto, sendo que 2.187 delas foram identificadas como adquiridas pela Prefeitura.
O presidente Edgar Celestino, policial municipal e ex-comandante da GCM, ressaltou a gravidade da denúncia. “Esse requerimento que nós fizemos é em relação a uma denúncia muito grave que está rolando nos meios jornalísticos e também numa investigação da Polícia Civil. Então eu, como presidente da Câmara, policial municipal, ex-comandante, tenho essa responsabilidade em fazer esses questionamentos ao Executivo. É uma denúncia muito séria e não pode passar em branco”, afirmou.
Ele também defendeu a preservação da imagem da corporação. “O meu pedido é que não seja manchada por nenhuma denúncia. Se tiver cometido crime, que essa punição seja exemplar para que nunca mais aconteça um desvio tão grave quanto esse.”
O vereador João Paulo Teixeira reforçou a importância da apuração. “O número exato é de 2.187 munições que se encontravam na casa do ex-prefeito e que foram compradas pela prefeitura para a GCM. É evidente que essas munições não chegaram lá sozinhas. É preciso apurar como é feito o controle, quem é o responsável pelo recebimento e armazenamento. Essa Casa não pode de jeito nenhum se omitir, tem que acompanhar até que todas as respostas cheguem”, declarou.
Durante o debate, alguns parlamentares defenderam a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI). Alex Damasceno destacou a necessidade de convocar o atual comandante da GCM, enquanto Daniel Simões ponderou sobre o impacto da medida, mas não descartou a possibilidade. “O que a gente não pode é atrapalhar o serviço que já vem sendo feito pela Polícia Civil e pela Polícia Federal. Mas, dependendo das respostas, é obrigação dessa Casa sim fazer uma CEI”, disse.
O requerimento foi aprovado por unanimidade, e os vereadores reafirmaram o compromisso de acompanhar de perto as investigações, sem descartar novas medidas de fiscalização.
Fonte:Redação
















